Tenho que voltar aos tempos idos de namoro, como se
voltasse aos tempos de criança! Afinal, quando enamorados ficamos, muitas
vezes, ingênuos, bobos mesmo. Acreditamos em todas as juras e falsas promessas,
feitas em momentos de rompantes, movidos meramente pelo tesão e/ou desejos
avassaladores, mas sem presença verdadeira de sentimento.
Esqueci-me de como é conviver a dois, de como é
prazeroso descobrir ou redescobrir as coisas que agradam a ambos e de como faz
bem a troca diária de gestos repletos de bem-querer.
Quero reaprender a desejar imensa e intensamente
alguém, porém, não esse tipo de desejo que logo vem à mente, quando estamos
sexualmente sedentos. Falo da vontade de estar com alguém de forma plena, tendo a cumplicidade, a afinidade, o companheirismo, enfim, tudo o que é natural em uma relação verdadeira, coexistindo.
Quero sentir de novo aquela sensação inexplicável de
poder se interessar intensamente por alguém e, ao mesmo tempo, não ter a devida
coragem de abordá-lo e se declarar, porque a insegurança se faz presente. Quando desejar o ser oposto,
voltar a sentir aquele turbilhão de sensações (o rosto corar, o coração
acelerar e as mãos suarem), tudo isso, só ao ouvir, de leve, o nome daquela que
fez despertar a paixão. Não me esquecendo de mencionar nesse redemoinho, aquele
friozinho na barriga e o tremer das pernas, só em pensar na iminência
de vê-la. É por tudo isso, que quero reaprender e vivenciar, novamente, a arte de
se apaixonar, com essas nuances existentes. Uma vez que a
paixão não permite monotonia em nossas vidas.
Criado em: 29/10/2007 a 22/05/2008 Autor: Flavyann Di Flaff
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