Ainda
hoje lamento o que entre nós não acontecera. Angustio-me em pensar que não
experimentara o seu beijo, não sentira o calor do seu abraço e não
vivenciara o sentimento, que, naquela época, aparentávamos ter.
Hoje sou todo arrependimento, retrato de quem não soube aproveitar a rara
oportunidade dada pelo destino! Então, o que fazer para sarar essa ferida, que
mais parece um câncer a corroer-me a alma em um sofrimento contínuo? Muito tentei me curar, deitando em leitos
estranhos com indivíduos idem, mas que apenas geraram os efeitos enganosos do
analgésico, que nos dá a ilusória sensação do alívio definitivo, maquiando a
doença ainda pulsante dentro de nós.
Esquecer
alguém que insinuara e deixara algo por realizar, despertando, assim, desejos
que só cessariam se saciados, é muito complicado para um ser,
constantemente, em estado rotativo de solidão e de carência. Por isso, é que, até hoje, sofro ao saber alguma notícia sua, pois sei que jamais voltará à
minha convivência diária e, muito menos, retornará para acabar o que insinuou e deixou por realizar.
Criado em: 11/11/2006 Autor:
Flavyann Di Flaff
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