Sentimento possessivo é como propaganda,
não se preocupa com quem detesta ser objeto, pois o que importa é vender a
imagem de protetor. Assim se fez perante aquela frágil figura, portou-se como
protetor e a convenceu de que era um amor seguro e verdadeiro. O tempo passou, como um
guarda-chuva, que, uma hora ou outra, é esquecido em qualquer canto, a imagem anteriormente
passada foi sendo perdida nos desencantos da relação.
A proteção transformou-se em prisão àquela que se entregou por livre e espontânea vontade. Acusações foram forjadas pela insegurança e a desconfiança do outro, sufocando qualquer tentativa de defesa. Liberdade cerceada, a frágil figura foi, lentamente, definhando-se. O egoísmo do carcereiro não o fazia enxergar esse processo, até que a clausura virou sepultura do seu objeto de posse. Então, tomado por uma indiferença, desfez-se do corpo e partiu em busca de um novo brinquedo.
Criado em:
28/04/2021 Autor: Flavyann Di Flaff
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