Longe dos alvoroços citadinos, um bucólico
cidadão segue a vida desapressada numa casinha à beira-chão. Lá, onde há uma
capelinha que, se comparada aos templos dos deuses urbanos, mais parece um
simples oratório, porém neste diferentemente daqueles, Deus é chamado de Nosso
Senhor. Onde o amigo longe é o mais próximo, e as paisagens se renovam a cada
amanhecer. Ao nascer do dia, exibe-se, sob a cortina de alva renda, a multifacetada
natureza. Os passarinhos compõem suas melodias em deslumbrantes ensaios ao
longo das horas claras, parando, apenas, ao anoitecer, quando só os seres
lunares saem para festejar a vida em banquetes intermitentes. As árvores trocam
de roupa, depois de, como crianças, brincarem na chuva. Os gigantes de pedra,
impactados pela nobreza de tanta simplicidade, ficam estáticos e em silêncio,
observando aquele pequeno universo de felicidade.
Finda mais um dia, Ave-Maria! É hora de agradecer, novamente, pela paz e harmonia que habitam esse rincão.
Criado em:
26/04/2021 Autor: Flavyann Di Flaff
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