A pupila, de lata, não tem um coração, ele é de carne e músculos, receptáculo frágil de sentimentos idem. Por isso, chora ao saber que o mestre pereceu ante o pior inimigo que um guerreiro pode enfrentar: a si mesmo. Poucos são aqueles que vencem a si mesmos, sem que levem consigo sequelas perpétuas. Ela sabe que seu preceptor lutou até o limite de suas forças, uma vez que não era de se render facilmente. A luta, realizada em ambiente fechado, era de conhecimento de poucos. Só os mais próximos conseguiam notá-la, porém impotentes diante de sua complexidade. Sabiam que essa peleja fazia parte do eterno aprendizado do mentor, não podiam interferir sem que ele assim permitisse. Infelizmente, o desfecho era esperado, entre dois possíveis, e o pior aconteceu. Então, volta a terra o guerreiro tombado, chora a pupila, copiosamente, a falta sentida.
Criado em: 02/12/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
Comentários
Postar um comentário