A hegemonia do poder econômico financia e
fomenta a regressão humana à barbárie em todos os sentidos. A massa já
internalizou o Estado como o Grande Pai – aquele que a tudo provém e gerencia
–, logo, longe dessa ideologia, nada mais tem sentido, é pura loucura para o
senso comum. Aquela levou esta às relações familiares ou vice-versa. Temas como
os que estão em voga, polarização da opinião, esquerda ou direita, deus ou o
diabo, são só algumas das inúmeras formas de maniqueísmo utilizadas por aqueles
que detêm o poder (econômico, midiático, político ou religioso). São formas de
alienar o povo, sempre mantido na ignorância, através do sucateamento
intencional da educação. A grande maioria está alheia à realidade que a cerca,
uma vez que prefere esbaldar-se no entretenimento fabricado pelos
administradores do sistema. Tudo através de ferramentas alucinógenas, como o
som em altos decibéis e de forma ininterrupta, gerado 24 horas por dia, danificando a audição e os
neurônios, já subutilizados, amortecidos pelo que, para si, já é lícito, seja
em litros ou em gramas.
Uma boa parcela de quem trabalha, hoje,
vive alienado do meio onde labuta. Procura subempregos com o único intuito de
alimentar o consumo do lazer que o faz, cada vez mais, entorpecido e alienado
do mundo real em que, não mais vive, vegeta.
A reforma trabalhista foi aprovada para
regulamentar a precarização da mão de obra, que já ocorria com a terceirização
na esfera estatal (pública). Portanto, o Estado para favorecer a si mesmo abriu
as portas da terceirização para a iniciativa privada. O trabalho, portanto,
tornou-se um fardo e não mais um meio de manutenção do bem-estar social.
A política, a religião, a mídia e o judiciário são regidas pela Lei suprema da Conveniência. A única mudança que incitam o povo a fazer, é a de mudar quem está no poder e nunca, jamais, falam em mudar a estrutura deste, porque, se assim fosse, eles perderiam a possibilidade de alternância do usufruto do controle da massa e das benesses que o mando lhes proporciona. Nesse sentido, continuarão a nos dividir, para melhor imperarem sobre nós per saecula saeculorum.
Criado em: 10/12/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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