Em uma terra ancestral, não muito
distante, invasores civilizados aportaram distribuindo novidades. Os que deles
se acercaram e que ali, há muito habitavam, ficaram encantados. Mas eram só uma
pequena parcela de todo um continente, porém, para um fogo começar, basta uma
centelha surgir. Com os civilizados fizeram amizade, dos outros, tornaram-nos
inimigo comum e começaram uma caçada. Mal sabiam de que os seus semelhantes,
rivais de eras, também se aliaram aos invasores e igualmente caçavam, querendo
mostrar a sua lealdade. Enquanto as investidas se intensificavam, entre os
nativos, os exploradores colhiam os frutos.
Logo os locais conheceram a terra natal dos seus novos amigos e sentiram, na pele, a ausência daquela cordialidade encenada. Por capricho do destino, também lá estavam os seus adversários, todos personagens mantenedores do círculo secular de caça e caçador. Se tomaram consciência de quem era o inimigo em comum, ninguém sabe. Nos dias de hoje, ainda é usual sacrificar o semelhante em nome de uma causa justa, simbologia fiel da expressão maquiavélica.
Criado em: 03/12/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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