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DESCONTINUIDADE DO BANAL

Sou caravela sobre o antigo piano
sonhando com o vasto oceano.
Sou pinguim de geladeira
sonhando com a ártica geleira.
Sou águia empalhada
sonhando, no imenso céu,
com a liberdade esparramada.
Sou semente no silo
sonhando, com o germinar, em sigilo.
Sou terra seca
sonhando com o cheiro das águas
para trazer a vida nela intrínseca.
Sou fruto maduro
sonhando, ao se esborrachar,
com o enxerto da semente no solo,
criando um futuro.
Só assim, a partir do ideal,
romperei a inércia da insensatez
e findarei, de vez, com esta vida banal.
 
Criado em:
11/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

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