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O RAIAR DA LIBERDADE

A terrível solidão deste novo mundo me assolou! No silêncio do meu quarto – bunker que julguei infalível aos males mundanos – refugiei-me. Ali, procurei, no baú da memória, fragmentos de um tempo há muito puído, na esperança de aquecer o meu coração melancólico.

Juntando algumas reminiscências, senti-me “como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento”, pois não consegui fazer arder a chama da nostalgia diante da força descomunal da dura realidade deste mundo pós-moderno. Então, recorre, o meu ser impotente, ao cobertor da submissão até que o novo dia se rompa junto com os primeiros raios solares libertários.

Criado em: 12/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

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