O barracão estava em festa, a feijoada e a
cerveja gelada já denunciavam a alegria iminente. O enredo há muito estava
escrito e todos sabiam de cor; a fantasia era velha conhecida, apenas fora
remodelada para o momento; o ritmo era o de todos os dias. Mas ninguém
lamentava, uma vez que o presente inspirava a catarse futurística.
A carnavalização das mazelas sociais bipolares era certa, bastava a oficialização por parte do poder paralelo que, por ali e alhures, dominava tudo e todos. Isto logo aconteceu! A liberação foi irrestrita e para geral vibrar. Como diziam em outros carnavais: a esperança venceu o medo! Com enredo, ritmo e fantasia prontos, o rei Momo só teve o trabalho de incorporar tudo e ciceronear a festa do pão e circo, fazendo com que o povaréu dançasse de acordo com a sua vontade, que por estar longe dos holofotes, cresceu em ambição. Portanto, por ela, que essa festa seja ad infinitum.
Criado em: 10/03/2021 Autor:
Flavyann Di Flaff
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