Quem
vem lá!?
A
distância impede-me de visualizar.
Por
enquanto é só um vulto disforme
a
caminhar pela mesma via,
todavia,
em sentido contrário.
Esse
trajeto faço toda vez
que
necessito renovar as forças,
e
o saudosismo é quem me socorre.
O
afastamento ainda persiste,
não
ajudando a dar forma precisa
ao,
ainda, obscuro ser.
Porquanto
segue a imprecisão
no
definir da figura,
que
ruma ao esbarro inevitável.
O
tempo parece não passar,
apesar
da ampulheta viravoltear mil vezes,
prolongando
a tortura dessa aflitiva,
forçada
e finita coexistência.
A
impotência diante do turbilhão
de emoções patológicas,
que
tão breve convívio causa,
é imensurável para qualquer um,
imagine
para quem o vivencia.
Por
fim, a distância física diminui.
Eis
que já é perceptível o que
antes era só um vulto.
Sou
tomado por um assombro:
Aquele
que se mostrava apartado,
longe
de mim, como um estranho,
algo
indefinível, fora uma cria minha!
Criado
em:
13/09/2019 Autor: Flavyann Di Flaff
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