Existem coisas que só sobrevivem e têm
sentido no âmbito das ideias, fora dele são como plantas arrancadas do solo,
não vingam por muito tempo. As ideologias compõem esse cenário, pois só
sobrevivem e têm sentido naquele específico campo, fora dele são pensamentos
ilusórios de uma identidade social coletiva. Os quais são amparados pela
necessidade de um incessante estado de luta para poderem existir, e a discussão
é muito mais importante do que solucionar o problema de fato nesse caso. Remetendo-nos
ao seguinte estratagema: ensinando o indivíduo a se preocupar se pode ou não
resolver os seus problemas, ele não será capaz de resolvê-los. Uma perífrase de
uma das muitas críticas de Gilbert K. Chesterton feitas em relação ao
Modernismo: “[...] a emancipação da mente do escravo é a melhor forma de evitar
a emancipação do escravo. Basta lhe ensinar a se preocupar em saber se quer
realmente ser livre, e ele não será capaz de se libertar.” O que leva o indivíduo a se tornar prisioneiro de uma vida idealizada por quem lhe é alheio.
Com tantas ideologias existentes no âmbito
das relações sociais pós-modernas, muitos oportunistas e aproveitadores
escolhem uma para melhor viver. Trocando o catolicismo pelo marxismo, Palhares,
o canalha honesto, que o diga.
Assim sendo, quem de uma se apossa, com todo esmero altruísta, cuida logo de colocá-la em um vaso, mantendo-a sempre pujante diante dos olhos de incautos interessados, fazendo disso uma luta diária. Afinal, plantada no vaso, não crescerá o que pensam poder, porém não morrerá nunca, se assim for desejado. É que interesses são como as marés, que naturalmente mudam de acordo com as fases da lua.
Criado em:
27/08/2021 Autor: Flavyann Di Flaff
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