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ILUDIDO

Quando o amor acabou,
em nada pensou e cego de dor,
sem demora, foi cremá-lo no calor da vingança.
Desesperado, incandescente, atirou-se na fogueira
da paixão de não sei quem,
certo de que se esqueceria do amor
e não mais sofreria.
Porém, que tolo foi!
Ardendo nessa febre terçã,
doente ficou e, pela paixão, foi consumido;
sem cuidados, feneceu!
Então, do desamor sofrido,
que pensava já ter esquecido,
para todo o sempre, nos braços dele, amanheceu.
 
Criado em: 10/08/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

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