Sob um carimbo semântico, a relação coercitiva com o outro foi legitimada. O assédio regulamentado. A soberba e seu séquito tomaram o posto de algo natural. Os muitos e distintos vícios humanos foram “libertos” do exercício na alcova e alçados à luz dos olhos seculares como grandes realizações de conquistas sociais. A liberdade irresponsável, livre do ônus de suas consequências, ganhou absoluto status de autonomia coletiva. Os movimentos de cunho partidário ganharam o direito à capa de cunho social. Enfim, tudo aqui citado e outras tantas ações já há muito praticadas, foram cristalizadas, internalizadas e naturalizadas pelas novas gerações, a partir da criação semântica do termo da moda, como algo crucial para a evolução da nossa humanidade. Produzindo, dessa forma, uma sociedade mais fraterna, livre e igualitária. Resta-nos, agora, arcar com as consequências produzidas por uma distorção de significado que concedeu à massa a noção de um poder ilimitado e inquestionável.
Criado em: 11/02/2021 Autor:
Flavyann Di Flaff
Comentários
Postar um comentário