Viveremos, a partir de hoje, assim: Sem amores, nem
ódio e patológicas paixões. Nem inveja, que dá movimentos demais aos olhos. Nem
cuidados, porque se os tivéssemos, nada entre nós teria acabado.
Gostamo-nos naturalmente, pensando que poderíamos,
caso quiséssemos, trocar beijos, abraços e carícias. No entanto, hoje, mais
vale estarmos separados do que ficarmos mantendo uma falsa aparência.
Peço-lhe que, pelo menos, se assim quiser, lembre-se
de mim. Sem que essa lembrança arda ou fira o seu ser, ou mova-lhe de onde estiver. Uma
vez que nunca trocamos beijos ou abraços, e nada além de amigos fomos. Logo, não
existem motivos para que ocorram tais reações.
Se antes do que eu, você for embora para bem longe, nada terei que sofrer ao me lembrar de nós. Ser-me-á mais suave à memória, tendo você na lembrança desta forma: pé na estrada, partindo para nunca mais voltar.
Criado em: 12/06/1990 Autor:
Flavyann Di Flaff
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