Eis que acaba de findar uma antiga paixão, que agonizava no peito de um doentio aprendiz do amor! Este vivia pensando que era correspondido, mas não passava de um mero fantoche nas mãos do seu querido objeto de desejo.
Mal começava o dia, já estava a paparicar o seu amor, uma dedicação doentia que mais parecia com a de um fervoroso devoto a uma santa qualquer. Nunca ficou ausente ao ambiente onde se encontrava o ser amado, a ponto de jamais perceber que a sua presença rotineira perturbava esse mesmo ser querido.
Por ser prestativo e estar sempre presente nas horas de precisão, o seu objeto de paixão muito lhe tolerava. Todavia, essa rotina deprimente em que se transformou a relação, acabou por condená-la a um precoce e inesperado fim.
A despedida fora triste, o pranto rolara na face do apaixonado! A muito custo, aceita que a decisão tomada pelo objeto de sua paixão foi a correta, sossegando o seu semblante e confortando o seu coração ferido. Nesse momento, em ambas as mentes, surgiram pensamentos bem distintos, enquanto ele pensava que a paixão não findara, porém, seria transformada em uma sincera e duradoura amizade; ela agradecia aos céus por ter se libertado de tão sufocante criatura. Assim, ficamos conhecendo o contraste entre o ser que é acometido por uma paixão doentia e o seu objeto de paixão.
Criado em: 9/10/1995 Autor: Flavyann Di Flaff
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