Pular para o conteúdo principal

FIM DE UMA PAIXÃO


         Quem és tu, quem és tu, bela jovem, que atraiu o meu olhar? O teu sorriso me fascina, os teus lábios insinuam beijos e o teu corpo provoca mil desejos indecentes em mim.

          Ah, como gostaria de ti conhecer, ouvir a tua meiga voz ao pé do ouvido e sentir como é excitante o teu perfume! Por fim, ter em meus braços o teu sensual ser.

          A cada olhar que trocamos, sinto uma imensa curiosidade quanto aos teus desejos em relação a mim. Quem sabe, queira conhecer-me melhor! Ficaria feliz, se esse for o teu desejo, pois não gosto de me apaixonar sozinho.

          Infelizmente, o tempo passou e desgastou esta nossa atração, sem que tivéssemos tomado nenhuma iniciativa. Foi duro perceber que, talvez, por timidez, deixamos findar um sentimento recíproco existente em nossos corações. Eis um triste fim, para uma paixão ainda em botão.

Criado em: 29/08/1995 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

ALICIADORES DA REBELDIA

         Nasce no asfalto quente, entre gritos roucos e cartazes mal impressos, o suspiro inaugural de um movimento popular. É frágil, mas feroz feito chama acesa em palha seca. Ninguém lhe dá ouvidos; zombam de sua urgência, ignoram sua fome de justiça. É criança rebelde pulando cercas, derrubando muros com palavras – ferramentas de resistência.           Mas o tempo, esse velho sedutor, vai dando-lhe forma. E o que era sopro, vira vendaval. Ganha corpo, gente, força, rumo. A praça se enche. Os gritos, antes dispersos, agora têm coro, bandeira, ritmo, batida. E aí, justo aí, quando a verdade começa a doer nas vitrines do poder, surgem os abutres engravatados — partidos, siglas, aliados, palanques — com seus sorrisos de vitrine e suas promessas de espelho, instrumentalizam o movimento para capitalizar recursos e influência política, fazendo-o perder a essência.           Chegam mansos, como quem só...