Nestes
mil e cento e noventa e seis dias
temos oscilado entre as sombras e a morte.
temos oscilado entre as sombras e a morte.
No
vale de ossos secos, descrentes,
vimo-nos
prostrados, inertes, entre eles.
No
suceder desses inúmeros dias,
tomamos
ciência de quão efêmera
é
a nossa existência, e no findar de cada um deles,
vimos
cessar uma parte dela, como os efemerópteros,
que
nascem apenas para cumprir,
dentro
de seus curtos ciclos de vida,
a
função de perpetuar a espécie.
Essa
perene tortura mental nos consome,
castra-nos
o prazer em viver,
cega-nos
diante da beleza da vida,
que,
mesmo apesar das dificuldades, prevalece.
Oh,
Senhor, eis-nos aqui!
Concedei-nos
a força necessária
para
superar tamanha opressão.
Liberta-nos
desse cativeiro,
devolve-nos
a vontade sublime de viver.
Criado
em:
12/04/2020 Autor: Flavyann Di Flaff
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