As palavras quando ditas com eloquência
(simulada ou não), escancaram portas! Assim o fez, e, em seguida, adentrou no
recinto recém-descoberto, de forma sorrateira, a ponto de induzir à sensação de
que ninguém estivera ali. Porém, com um olhar mais atento, era possível
observar em todo o ambiente, evidências típicas da prática de um roubo. Em um
breve inventário, ficou claro que o indivíduo era profissional, tanto que, o
que fora levado, correspondia ao que de mais valor o proprietário possuía. Não
foram bens materiais, daqueles que, com trabalho honesto, conquista-se. Foram
bens imateriais inestimáveis! Só para citar um: uma joia rara, chamada
Confiança.
Diante do ocorrido, um boletim de ocorrência
foi lavrado e a polícia já saiu em diligências, a fim de pegar o suspeito. Diante
do que fora apurado pela perícia, trata-se de pessoa do sexo feminino, de
estatura mediana, com coordenação motora fina, pois nada estava fora do lugar,
apesar das impressões digitais, ali presentes. Portanto, logo a suspeita será
detida para averiguação, mesmo que livre o flagrante, responderá por falsidade
ideológica, invasão de propriedade privada e roubo. Em um país de leis dúbias,
como o nosso, onde a impunidade reina soberana, ela, com certeza, depois de
prestar depoimento, sairá pela porta da frente da delegacia, com um sorriso
estampado, naquele lindo rosto, maquinando o próximo golpe.
Criado em: 07/01/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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