A palavra é ponte invisível, líquida e
viva, que escorre entre a alma que sente e o ouvido que escuta. Ela nasce
silêncio e se faz rio — desliza pelas margens do não dito, buscando abrigo no
outro.
É água que molda, que limpa, que inunda —
e, às vezes, afoga.
Preenche o vão entre o que se quer dizer e
o que se pode compreender, dançando entre sentidos, escavando cavernas no
coração de quem a recebe.
Há palavras que curam, outras que cortam —
mas todas carregam em si o dom de alcançar.
E nesse espaço entre o que se pensa e o que se entende, a palavra é gota, é mar, é espelho — reflexo do que somos quando ousamos dizer.
Criado
em:
27/7/2025 Autor: Flavyann Di Flaff
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