Ela chegou como quem rasga o tempo — turquesa viva no meio da multidão opaca. Não cabia no espelho dos olhos alheios — Janelas d’alma, nem nos moldes preestabelecidos, nem nos rótulos costumeiros. Brilhava nas entranhas da terra, rara como o verde que escapa das marés, como o azul que remete ao céu. Feita de cobre, de ouro e de manganês, ela reluzia, fulgurava. Turmalina de alma líquida, impossível de forjar ou domar. Não era ornamento — era revolução lapidada de um progresso ulterior. Como planta que desafia o chão nordestino, ela também brotou onde não se esperava: no interior, no silêncio, com a força de ser e não se dobrar. Não se vendia. Era descoberta. Era garimpo de si. Seu brilho não vinha da luz — mas do que nela resistia, profundo, visceral, feminino ancestral. É joia-mulher e é paraibana: gema que não aceita cópia, nem descaso, nem submissão. Criado em : 29/7/2025 Autor : Flavyann Di Flaff ...
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!