Por que teimas em permanecer neste sepulcro caiado em que se tornou o templo que a ti conferi? Não desejas habitar aquele outro que está enfeitado de verdadeira felicidade. O mundo exterioriza as maldades que pensamos guardar para os outros, mas que só fazem mal a nós mesmos. Os medos assombram, de dentro para fora, o que antes era um templo de louvor. Deste, quase nada mais resta, a não ser apenas o aspecto, pois a essência, se ainda resiste, foi murchando, secando lentamente, até se fazer imperceptível a olhos nus de autoconfiança. Senhor, tu bem viste a luta interior que travei! Peleja renhida cujo inimigo bem me conhecia e usando desse conhecimento que possuía, abalou-me fortemente. Mal começara o embate, já estava a me entregar. Dias intermináveis de pressões psicológicas e emocionais idem, nos quais só pensava em fugir, porém, para onde, se em qualquer lugar o adversário estava. Era enfrentar ou sucumbir para todo o sempre! Decisão difícil a ser tomada, pois, qualquer que fosse o resultado, para o bem ou o mal, eu é quem o assumiria. Certa vez, falaste-me que, para ganhar, eu teria que perder! Até então, não conseguia entender como alguém perdendo, seria vencedor. Só agora, vivenciando esse tempo de luta, começo a entender que, derrotando a mim mesmo, serei vencedor. Libertando-me, de vez, do jugo dos medos que eu alimentei e que me limitaram até hoje.
Criado em: 13/10/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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