No deserto anda o corpo cansado,
ferido de todas as maneiras humanas. Os olhos insinuam lágrimas, que logo se
dissipam sobre a pele ressecada pelo fogo das tribulações. Gemem os ossos,
todos carcomidos pelas dores psicossomáticas. Naquele lugar, o tempo também
passa, mas de uma maneira bem peculiar, como se não tivesse a mínima pressa em
passar.
Por onde a vista alcança, só secura e
aspereza, nada que mude a paisagem. À noite, o frio cumpre o seu dever de
manter, ativo e constante, o sofrimento. Apesar dele, não dá para permanecer em
eterno lamento, porque a dor se alimenta dos murmúrios. Resta-nos prosseguir,
mesmo que, muitas vezes, a vista cansada nos engane, levando-nos a pensar que
estamos saindo, quando, na verdade, ainda permanecemos no deserto. Nesse muitos foram os que passaram, desde Agar, Ismael, Moisés, até o maior de todos
eles, Jesus!
Como já disseram: “não importa o
quanto você bate, mas, sim, o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode
suportar e seguir em frente. Porque é assim que se ganha!” Então, não lamente,
siga firme em seu propósito, que, em breve, esta fase passará. Use-a, aproveite-a
para crescer na graça e no conhecimento do Senhor, porque, no fim, você será
conhecida, não por aquela que sucumbiu ao deserto, mas por aquela que o
enfrentou e venceu.
Criado em: 16/12/2014 Autor:
Flavyann Di Flaff
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