Queima a chama lentamente, à revelia, o
corpo chagado pela saudade. Fazendo crepitar murmúrios de sentimentos contidos,
que não se tinha ciência do tamanho e força. Mas que, agora, expõem-se sem
pudor, sob os auspícios do ardor presente.
Apesar da incerteza de uma
concretização, segue a devanear o corpo condenado, sem direito a habeas corpus,
preso continuará ao etéreo sentimento, que uma sirena provocou. Angústia de náufrago que na iminência de perecer no imenso mar da paixão agarra-se a mais ínfima
chance de salvação, assim agiu, sem pensar nas consequências vindouras.
Hoje sofre com os golpes da impotência, já não sabe o que fazer com os pensamentos diários, que o tomam e o fazem
delirar com a cumplicidade e a reciprocidade nos sentimentos. Nestes instantes,
não consegue discernir o irreal do real, entregando-se a tais devaneios. Quiçá,
chegue o dia em que tudo tenha um desfecho, antes que se consumam corpo e
espírito desse sonhador.
Criado em: 10/12/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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