Nestes dias, quando a saudade bate, me
pego sentado à beira do velho cais. Fitando além do Atlântico, como se assim conseguisse rever a quem se foi. Mero recurso de quem ficou e ainda espera
revê-la, um dia.
O cheiro do mar me embriaga e eu, tonto, viajo nas lembranças de nossa convivência – mar tempestuoso. Mas para quem
sempre viveu de calmarias, aquela acendeu o espírito audacioso que pensava não
ter. Como também, fez aflorar um lado que pouco ou quase não exercia. Tudo isso, em uma experiência de vida edificante, que deixou marcado o meu ser.
Logo a maresia me fez voltar ao velho
cais. Tenho esperança de que, um dia, ainda voltarei a esse porto, não mais para
relembrar, porém, para recebê-la de regresso. Então, eu, seguro de tudo e de mim, não hesitarei em oferecer minha humilde residência, como porto seguro para uma nova vida.
Criado em: 20/12/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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