Pular para o conteúdo principal

IN$$

 
Isso aqui é Brasil...
Dinheiro quando some...
Quem paga é o povo...
que luta todo dia para ter o que consome.
 
No balcão do INSS, rola mais que atendimento,
Rola papel, rola esquema, rola sofrimento.
Cai o suor de quem rala a vida inteira,
Enquanto ladrão de gravata enche a carteira.
 
Falsifica laudo, empilha processo,
Advogado vendido, parceiro no progresso.
Cai benefício fantasma, conta recheada,
E a dona Maria sem perna? Tá desamparada!
 
E o velho trabalhador só queria descansar,
Pagou a vida toda, agora é só esperar.
Mas quem tá no esquema não fica na fila,
Assina um papel, já enche a mochila.
 
Grana suja na instituição estatal,
Corrupção no céu de concreto e papel.
O povo paga caro, e quem lucra não é réu,
Brasil é uma novela, vida num eterno carrossel.
 
Lembra de Jorgina, rainha da trapaça?
Montou um jogo, sumiu com a nossa taça.
Fraude no juízo, sentença nos bolsos,
E quem tá no sufoco é que paga os destroços.
 
Repete-se o roteiro, o crime se renova,
Cai um, nascem dez, parece mosca em desova.
A Justiça é cega, porém, juiz enxerga o cifrão,
Pro rico tem blindagem, pro pobre, humilhação.
 
Enquanto isso, nas comunidades o jovem sonha,
Porém, cresce ouvindo que aqui só se apanha.
Se estudar, não basta; se ralar, não adianta,
Pois quem sobe sem esquema não colhe, só planta.
 
Grana suja na instituição estatal,
Corrupção no céu de concreto e papel.
O povo paga caro, e quem lucra não é réu,
Brasil é uma novela, vida num eterno carrossel.
 
Se o sistema é podre, a gente não se cala,
Se a mão é pesada, a voz não se embarga.
O verso é martelo batendo na moral,
Expondo a ferida desse esquema imoral.
 
Reforma vem, mas não muda quem devia,
A elite ri, o pobre chora todo dia.
Pensão negada, auxílio que não sai,
E o laranja na parada sem noção do que faz.
 
Mas a gente tá na pista, expondo a verdade,
Se não muda no palácio, muda na comunidade.
O verso incomoda, e é pra incomodar,
Enquanto tiver corrupção, a gente vai denunciar.
 
Grana suja na instituição estatal,
Corrupção no céu de concreto e papel.
O povo paga caro, e quem lucra não é réu,
Brasil é uma novela, vida num eterno carrossel.
 
Aposentadoria virou loteria...
Quem frauda ganha... quem trabalha... agonia...
Mas a voz do povo se rebela... nunca se cala!
 
Criado em
: 15/6/2025 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

LOOP FARAÔNICO

  De um sonho decifrado ao pesadelo parafraseado. A capa que veste como uma luva se chama representatividade, e a muitos engana, porque a vista turva. Ao se tornar conveniente, perde toda humanidade. Os sete anos de fartura e os de miséria, antes, providência pedagógica, hoje mensagem ideológica, tornando o que era sério em pilhéria. A fartura e a miséria se prolongam, como em uma eterna praga sem nunca ter uma solução na boca de representantes que valem nada. O Divino dá a solução, e esses homens nada fazem, deixando o povo perecer num infinito sofrer, pois, basta representar, para fortunas obterem. E, assim, de dois em dois anos, os sete se repetem, como num loop infinito de fartura de enganos.   Criado em : 1/6/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff