A vida fora da tela é morta, dentro dela,
é cheia de vida. Nessa pequena tela, as pessoas são livres para fazerem o que
bem quiserem e entenderem. A banalização da vida em si é ratificada a cada
acesso ao Mundo do Nada, não faz sentido lutarem, só para viver o tédio da
mesmice da existência real. Dessa forma, trancam-se em seus quartos para
fugirem da realidade, mergulhando, através de seus guarda-roupas tecnológicos,
no Nada. Lá, vivem situações, todas elas previsíveis, customizadas ao gosto do
freguês, em vez de aventuras, justamente por não serem espontâneas.
Quando voltam à realidade, é como se as
horas não tivessem passado e ninguém sentisse falta delas. Então, entediadas,
retornam constantemente ao Nada para reencontrar seus amigos encantadores.
Juntos, viverão aventuras que lhes farão experimentar sensações reais, porém
sem as consequências típicas de cada uma delas, o que lhes tornarão insensíveis
diante da convivência social real, em um círculo viciante e destruidor.
Criado em: 13/09/2021 Autor:
Flavyann Di Flaff
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