Lembranças são como frutas frescas e
maduras na árvore do pensamento. Estão logo ali, sempre prontas para serem
colhidas, bastando, apenas, para isso, que a fome – aquele desejo incontrolável
do outro – dê as caras. Depois de colhê-las e degustá-las, a fome logo será
saciada. As frutas colhidas, rapidamente, são repostas em um ritmo quase
industrial. Pois a fome não dá só uma vez, ela, quase sempre, ressurge sem
aviso prévio e sem data determinada.
No pomar do pensamento não tem criança travessa para atirar pedras nas fruteiras, uma vez que só quem as vê, é o seu proprietário. Naquele elas são imperecíveis, eternas. Permanecem, pacientemente, aguardando o momento de serem colhidas, saboreadas e restituídas, em um ciclo renovado a cada fome sentida.
Criado em: 06/11/2014 Autor: Flavyann
Di Flaff
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