Adentrando na casa, sua velha conhecida, apesar das claras evidências do que já é passado, sente tudo como um
presente vivo. A poeira encobre os móveis – receptáculos de sentimentos −,
mostrando que há muito foram abandonados, perdendo o brilho de outrora. Segue caminhando
por entre os cômodos, pedaços de momentos (re)vividos, vendo tudo no seu
respectivo lugar, retrato infiel do que era real. Nesse instante,
bate uma saudade do que findou, sinal de uma tomada de consciência do que ocorreu, contudo ainda necessita ser formalizado. Esse retorno consciente não lhe torna imune às consequências que virão, entretanto o faz mais forte para tudo
suportar.
Sendo visita naquele ambiente, não demora e deixa a casa
onde tantas emoções foram vividas, dividindo dias, meses e anos com uma
companhia que, nesse instante, ausente estava. Qual o significado de esse não
estar? Algum teria, e resolveu não divagar, já que isso era típico do outro,
assim, foi-se sabendo que logo voltaria.
Criado em: 30/06/2013 Autor: Flavyann Di Flaff
Comentários
Postar um comentário