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PREGADOR

 
Como quem prega um cartaz de “Procurado”,
pregou o amor no púlpito.
Ao concluir o ato, levou, para casa,
o julgamento e a condenação,
instrumentos que há muito usa e conhece,
porém, não os assume, 
por achar esse gesto incompatível
com a manutenção de sua persona pública,
imagem e semelhança da perfeição.
Ao confundir moralidade com santidade,
autoproclama-se representante do Divino,
todavia, pregoeiro que é,
profanar é a sua essência.
Assim, segue o pregador do Amor!
Pregando como quem denuncia um justo.
Condenando-o por atos carregados de humanidade,
como, há séculos, fizeram certos fariseus,
que entregaram o Justo, aos romanos,
para ser pregado no madeiro.
 
Criado em: 7/9/2025 Autor: Flavyann Di Flaff

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