A nossa vida são fatos, mas não apenas
linhas secas de um diário ou marcas em pedra. São lembranças que se colorem de
emoção, cada instante gravado não pela precisão do relógio, mas pela
intensidade do que sentimos.
O que seria da infância sem o cheiro de
pão quente ou o riso que se derrama pela rua? O que seria do amor sem o tremor
nas mãos, o coração em descompasso, a memória que insiste em guardar o brilho
de um olhar?
A vida, em sua essência, é um mosaico de
percepções: dor que ensina, alegria que expande, saudade que nos costura ao que
já foi. Não nos recordamos apenas do acontecimento, mas também lembramos de
como ele nos atravessou, do arrepio, da lágrima, da explosão de esperança ou do
peso do silêncio.
E, assim, seguimos, colecionando fatos, sim, mas, sobretudo, colecionando o modo como eles nos fizeram sentir. Porque, afinal, somos a narrativa de nossas próprias emoções: uma prosa escrita em carne, sangue e memória, sempre reescrita pela intensidade do coração.
Criado em: 2/9/2025 Autor: Flavyann Di Flaff
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