Há quem, diante das intermitentes
intempéries da vida, sentindo-se impotente, encare o tempo como um instrumento
mágico que a tudo apaga ou como o soberano mar, que, com suas ondas, na areia do
vasto litoral da existência, também apaga as mal traçadas linhas do viver, renovando
a vontade de algo novo escrever.
Eu, que, também, inúmeras vezes, me sinto impotente diante dessas mesmas intempéries, ao contrário de muitos, mantenho-me realista em relação ao tempo, pois o vejo como um exímio estelionatário, prometendo dissipar tudo o que nos machucou, nomeando de passado, uma entidade fantasmagórica que, recorrentemente, reaparece para nos atormentar.
Criado
em:
02/11/2024 Autor: Flavyann Di Flaff
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