Envelhecemos, e a repetição se converteu em sinônimo de rotina, monotonia, tédio. Com isso, cristalizamos a estática existencial como um porto seguro, longe das frustrações do tentar de novo. Porém, quando a nostalgia se esgueira por entre as frestas dessa couraça que criamos ao adultecer e alcança o nosso ainda frágil coração, resgata a criança que fomos. Então, recordamo-nos de que “toda criança brinca de fazer de novo”, ou seja, ela faz, desmonta e começa tudo de novo – é a síntese da felicidade de saber que tudo tem recomeço. Assim, tomamos consciência de que o mundo é feito de ciclos, e o repetir não gera mais tédio, mas confiança nesse mesmo mundo.
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em:
09/11/2023 Autor: Flavyann Di Flaff
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