Acho
que já fui poeta, que já fui pagão.
Foi em um tempo não muito distante,
ficou
logo ali em uma esquina do tempo.
Quando
criança, costumava ter afeto
pelas
coisinhas vivas que encontrava.
Dava
bom dia às plantinhas,
falava
com os passarinhos,
me
encantava com as borboletas.
Enfim,
a natureza era a fonte
que
abastecia de vida
a
minha, que há pouco iniciara.
Fazia
poesia das mais singelas,
mas
disso nada sabia.
Era
pura, pura a poesia
que, sem querer e saber, fazia;
porém cresci, e o mundo cuidou
de
apequenar a minha alma.
Não
no sentido de me fazer
criança
novamente,
mas de me transformar
em um
nada no mundo.
Hoje,
já não sou poeta
e
nem pagão;
sou, apenas, um cético cristão.
Criado em: 24/06/2016 Autor: Flavyann Di Flaff
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