Tempos nefastos assolam o paraíso. Vontades,
desejos, tudo desperdiçado por uma racionalidade inoportuna. A irracionalidade,
neste momento, seria bem-vinda. O instinto seria senhor da situação, tudo
aconteceria de imediato, sem consciência prévia das possíveis consequências – trava
dos ímpetos de desejos primevos.
Dilacera a carne, incomoda a alma, vê
que a areia não cessa de cair na parte inferior da ampulheta. Linguagens fáceis,
fluídas, fúteis, fracas, sem forças para se converterem em ações. Assim vai
aquele a quem não se pode recuperar, deixando inerte o que pode vir a ser, mas
que ainda não é.
Criado em: 23/06/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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