Nos engenhos da mente existe um
mecanismo que mói, remói, tritura a cana caiana dos prazeres imaginados, mas
sempre reprimidos, até que só reste o bagaço – futuro combustível para a queima
da lembrança do tempo que se perdeu. Porém, a consciência – senhora de tudo que
nos engenhos passa – pergunta-nos da garapa e, sem querer, percebemos que, por
mais que façamos, ainda restarão fortes e doces lembranças do que vivemos ou
deixamos de viver.
Criado em: 26/06/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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