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LIBERDADE MARGINAL

 

Em um mundo insalubre,
não é só o físico que sucumbe,
morre também o espírito.
O descaso com o escrito
gera abandono,
e, como cão sem dono,
o povo sofre.
Não bastasse o descaso,
que, de chofre,
acomete a gente sitiada,
a raiva, fazendo pouco caso,
envenena, pouco a pouco, a rapaziada.
Confusões mentais confundem o ser,
que, no corre, só pensa em ter.
Num misto de liberdade
com marginalidade,
 a vida se torna louca,
e toda aventura é pouca.
A raiva deturpa a percepção,
a banalidade do mal vira curtição.
É na fuga das consequências
que se perde a essência.
Aperta o gatilho,
escuta o tombo,
recolhe o que tem brilho,
e foge, ignorando o rombo.
A alegria da vitória
parece felicidade peremptória,
porém não passa de ação temporária.
Dando as costas ao que ficou para trás,
não compreenderá a sua atitude jamais!
 
Criado em
: 11/01/2025 Autor: Flavyann Di Flaff

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