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SINA

 
Da capital, pouco sei!
Sempre vaguei pelos recônditos dela.
Vida sempre periférica,
cidadela da sobrevivência,
existência sem plano B,
eternas batalhas homéricas.
 
Do capital, pouco sei!
Na volatilidade do pão de cada dia,
descubro a insuficiência do que suei.
 
No dia a dia, vivo a competição,
norma-padrão da sociedade consumista,
Igreja da qual todos nós somos dizimistas.
 
Sigo nesta vida Severina
que, por um pano de chita, se fascina.
Um filme imita a vida, e o capital a delimita.
Enterramos, com isso, a esperança finda,
e do pó, sempre voltaremos para cumprir essa sina.
 
Criado em: 17/06/2024 Autor: Flavyann Di Flaff

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