O alienado ideológico é comparável àquele jovem russo, da segunda metade do séc. XIX, que se dizia niilista, ou seja, não acreditava em nada que representava a sociedade a que pertencia, e que se encantou com os delírios modernos europeu, os quais propagavam “nós vamos fazer tudo de novo, porque nada tem fundamento”. Todavia, esse “fazer tudo de novo” que toda ideologia prega, através da elaboração de um discurso homogêneo e pretensamente universal, é fundamentado, na maioria das vezes, no ressentimento e no revanchismo, coisas que já existiam anteriormente. Como pode gerar uma agnosia mental social, proporcionando um condicionamento moral coletivo, os propagadores ideológicos não cessam de lutar por mais seguidores. Portanto, parafraseando os newtonianos, para cada ideologia, há uma ideologia igual e oposta.
Criado em: 11/12/2023 Autor: Flavyann Di Flaff
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