Depois
de séculos de apagamento identitário, a necessidade de saber quem são faz-se premente.
Cadê os anciões, senhores da cultura ancestral? E os seus filhos, mantenedores
dessa herança? Todos se foram! Restaram apenas os netos, novos convertidos, que
dos antigos nada reconhecem, pois só ouviram falar.
Pesquisar, conhecer, aplicar, tempo para isso não há, já que o imediatismo é sedutor. Parecer ser é mais prático que ser. Então, a cultura pop é convertida em segura referência de antigos valores. Confisca-se o enredo, faz-se a alquimia da derme e surge o paquiderme ancestral. Consegue-se, com isso, a instantânea reconstrução identitária para a ansiosa massa desfigurada. Porém, quem muito rápido e fácil ascende, tende a uma súbita queda.
Criado
em: 06/12/2022 Autor:
Flavyann Di Flaff
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