Que cansaço é esse que, do nada, vem assolar
Sísifo,
despertando aquilo que mais tarde o torturará
– a tomada de consciência!
Esta ciência de que seus atos, hercúleos e
repetitivos, são em vão,
já que não contribuem para o seu
desenvolvimento humano,
pois os resultados são sempre infrutíferos e
frustrantes.
Talvez parta de ensinamentos que primam pela
formação de homens,
passivos e obedientes, aos quais é incutida a
ideia
de que se consegue atingir, como pessoa,
a realização plena, através do próprio
esforço.
Omitindo o fato de que vivemos em uma
sociedade
na qual o conhecimento e o relacionamento com
pessoas influentes
faz toda a diferença na plenitude de uma realização
particular.
Afinal, a polissêmica meritocracia só poderá
ser válida
quando todos os indivíduos de uma sociedade
possuírem,
exatamente, as mesmas condições sociais,
econômicas e psicológicas.
Portanto, até então, o que vemos e vivemos de
fato é o aumento da injustiça social.
Realidade que tem levado muitos indivíduos a
perecerem diante de uma impotência
que não lhes é própria, mas imposta por este
sistema, de nada poderem ser.
Esse não adequar-se, leva a massa à letargia dos
seus direitos
e, consequentemente, à sua morte, metafórica ou literal.
Criado em: 13/07/2019 Autor: Flavyann Di Flaff
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