Recentemente, de passagem por terras de colonização questionável, fora instalado, em uma cidade, um enorme circo. Não demoraria por ali, a temporada seria curtíssima, por isso, apenas dois eventos seriam realizados. Por serem distintos, haveria um intervalo entre eles.
Por lei, circos não podem mais utilizar animais em suas apresentações, mas sabe como é que é esse mundo, sempre tem aquele jeitinho e, vez por outra, algumas bestas se revelam e se mostram no picadeiro. Bichos selvagens ou domesticados à parte, as atrações têm a interação como lema, por isso, toda a população da cidade estava convocada a participar. Para tanto, como incentivo, fora realizada uma promoção, na qual todos receberiam brindes.
Nas datas anunciadas, o circo, ora esteve meio esvaziado, ora pareceu superar as expectativas dos organizadores. Ao final das representações, apesar de terem participado, as pessoas nada entenderam, porém, como todo nativo da região, elas amavam o carnaval. Então, começaram a discutir questões extremamente importantes, tais como o mérito do tema do espetáculo, a cor das fantasias (se era vermelha ou amarela, se era branca ou preta), a inspiração para tanta euforia, a quantidade de figurantes em cada espetáculo e, por fim, o mais relevante item: quem foi o produtor/patrocinador das apresentações. Enquanto a discussão transcorria acalorada, o circo levantava a lona e partia, prometendo voltar em breve.
Criado em: 16/03/2015 Autor:
Flavyann Di Flaff
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